Jovens Repórteres G20: estudantes das escolas interculturais fazem cobertura da cúpula mundial no Rio

O programa Jovem Repórter G20, uma iniciativa pioneira do Governo do Estado do Rio de Janeiro, tem dado a cem estudantes da rede estadual de ensino a chance de vivenciar de perto a experiência jornalística na cobertura do G20, o maior fórum de cooperação econômica internacional. Desde o início do ano, esses jovens repórteres, vindos de 27 escolas interculturais, têm acompanhado a preparação para o evento, cobrindo não só o fórum principal que acontecerá em novembro, no Rio de Janeiro, mas também reuniões paralelas e encontros com autoridades que discutem temas relacionados.

Para a secretária de Educação, Roberta Barreto, o programa é uma oportunidade valiosa de formação e construção de memórias afetivas para os alunos. “São os nossos Jovens Repórteres, um projeto de vida para que eles possam já vislumbrar um futuro profissional”, comentou a secretária. “Que esta ação não seja apenas o início de uma carreira, mas que possa ser repleta das melhores memórias afetivas, e que, um dia, em um futuro de muito sucesso, esses estudantes possam dizer que foi aqui que tudo começou”.

Preparação e aprendizado contínuos

No programa Jovem Repórter G20, os alunos, já habituados ao estudo de línguas e culturas estrangeiras, ampliam seu conhecimento com práticas de comunicação, relações internacionais e produção de conteúdo para mídias diversas. Cada passo dessa cobertura representa um aprendizado contínuo. Para Victor Hugo Guerra Nascimento, estudante do Ciep 218 Ministro Hermes Lima, a experiência tem sido inspiradora. “É incrível, uma das experiências mais enriquecedoras e criativas da minha vida e que vou levar pra sempre. Estou aprendendo várias técnicas e conhecendo muita coisa”, disse o estudante.

Letícia Vieira, jovem repórter do Ciep 117 Carlos Drummond de Andrade, escola intercultural Brasil-Estados Unidos, reforçou a importância do programa para estudantes da periferia. “A cultura salvou minha vida. Ela ensina e gera renda, como estamos vivenciando aqui. É sensacional ter essa oportunidade, ainda mais para nós, meninas pretas de periferia, que nunca nos imaginamos estar em uma posição dessa, conhecendo as diretrizes da cultura, entrevistando pessoas célebres”, pontuou.

O papel das escolas interculturais na formação dos jovens

As escolas interculturais, onde os alunos participantes do programa estudam, são um grande sucesso na rede estadual de ensino. Essas instituições, presentes em 27 localidades, combinam ensino de idiomas e trocas culturais com um projeto pedagógico que prioriza a autonomia e a competência dos alunos. Esses centros educativos vêm proporcionando a jovens de diferentes regiões um caminho sólido para seguir carreiras dentro e fora do Brasil, conforme destacou o coordenador de Comunicação do G20 no Brasil, Carlos Alberto Júnior. “Colocar o estudante no G20 é colocar o G20 dentro da casa das pessoas. Ninguém melhor do que um jovem para tirar a gente de nossa zona de conforto. Eles estão lendo tudo relacionado ao evento e estão produzindo conteúdo do jeito deles, e esse é o objetivo do encontro, traduzir nossos conceitos e trazer para a realidade de todos.”

Impacto do G20 e o envolvimento da sociedade

O G20, que ocorrerá em novembro no Rio de Janeiro, destaca-se pela proposta de envolver a sociedade civil em reuniões paralelas, além dos encontros oficiais entre Chefes de Estado. O objetivo é transformar o fórum em um espaço onde a população possa debater e refletir sobre o futuro global. E é neste cenário que o trabalho dos jovens repórteres ganha uma dimensão importante: ao documentarem e disseminarem temas complexos de forma acessível, os estudantes trazem à tona assuntos de relevância mundial para suas comunidades locais.

Com a credencial de jornalistas, eles têm acompanhado as decisões e discussões de autoridades políticas, diplomatas e especialistas, explorando o impacto de temas do G20 na vida cotidiana. Os conteúdos produzidos serão compartilhados nos canais digitais das escolas e do governo, e possivelmente também pelo G20 e seus parceiros. Isso permite que as coberturas feitas pelos alunos cheguem a um público ainda maior, além de amplificar o entendimento e o interesse da sociedade sobre as questões debatidas.

Experiência que transforma e inspira

O Jovem Repórter G20 não se limita a uma experiência única, mas visa inspirar os participantes a levar adiante o aprendizado e a dedicação adquiridos. Como destacou Caio de Oliveira Gaspar, do Ciep 097 Carlos Chagas, escola intercultural Brasil-China, “O que estamos aprendendo em todos os momentos deste projeto, desde a preparação até as ações que vamos como repórteres, será para levarmos para toda a vida.”

Assim, o programa Jovem Repórter G20 reflete o poder transformador da educação e da comunicação, oferecendo a esses estudantes a chance de enxergar o mundo e suas carreiras sob uma nova perspectiva. Para a sociedade, o impacto vai além da informação: é uma porta aberta para uma visão global, inspirada pelo olhar jovem e inovador desses novos repórteres.

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