“Por que não nós?” leva educação emocional masculina ao palco de Niterói

Os atores Samuel de Assis, Amaury Lorenzo e Felipe Velozo usam a comédia para discutir tabus
do universo dos homens

Quando três amigos, muito próximos, e que sabem tudo da vida uns dos outros se juntam para
abrir uma discussão que reflita sobre a construção da masculinidade, não tem como o roteiro
dar errado! Assim surgiu a ideia de Por que não nós?

Imagens: Lucas Lima

A peça é um mergulho profundo e ácido no psiquismo do que é ser homem em nossa
sociedade, partindo da narrativa de três personagens sarcásticos e hilários que debatem um
conceito muito atual: a masculinidade tóxica e suas consequências.

No palco, Samuel, Amaury e Felipe convidam o público a olhar para essa questão que se faz
necessária, rindo e emocionando, tocando em pontos como as perguntas: existe diferença de
gênero? Ou existe relacionamentos desigualitários? E ainda o autocuidado. “Quisemos
entender como somos atingidos pela contenção do que sentimos, mesmo rindo das ansiedades
e das angústias que essa contenção provoca”, explica Felipe Velozo.

Imagens: Lucas Lima
Imagens: Lucas Lima

A masculinidade tóxica é percebida como um conjunto de ideias e mecanismos voltados para
que os homens se encaixem em padrões que mantenham um equilíbrio social baseado na
violência. Até que essa violência se volta contra os próprios homens em uma espiral de
manifestações que incluem a exacerbação da virilidade, o machismo, a violência contra a
mulher, homofobia e transfobia.

Apesar disso, a história promete divertir e provocar a plateia, descortinando uma série de
assuntos que passam pela saúde emocional, estigmas e preconceitos. “A história fala de
amizade, de educação emocional, sobre como os homens não são criados para falar, para
discutir as emoções. É um espetáculo sobre isso. Sobre a dificuldade que o homem tem em se
relacionar emocionalmente”, destaca Samuel de Assis.

O universo impresso neste espetáculo é foco constante de campanhas de saúde mental,
palestras, livros, teses, estudos culturais e sociais, reportagens, filmes e, agora, será tema de
uma peça. “O teatro pode, e muito, contribuir para os debates que brotam das questões de
gênero, no mundo em que vivemos, que estão fervilhando e reclamando outros modos de
discussão”, diz Amaury Lorenzo.
A peça, que já passou por Salvador e Brasília, chega à Niterói para curtíssima temporada,
somente neste final de semana.

SERVIÇO:
Por que não nós?
Sábado e Domingo: 7 e 8 de junho – 19h
Teatro da UFF – Niterói
Duração: 60 minutos
Classificação indicativa: 12 anos
Links para vendas:
Sábado: https://www.guicheweb.com.br/por-que-nao-nos-19h_43063
Domingo: https://www.guicheweb.com.br/por-que-nao-nos-19h_43065

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