Aconteceu num dia qualquer do ano de 2017. Marcello Crivela caminhava para os primeiros passos na Prefeitura do Rio. Um grupo de cariocas criou um calendário de eventos para a cidade, que recebeu o sugestivo e publicitário nome de “RIO DE JANEIRO a JANEIRO”. O empresário Ricardo Amaral, paulista de nascimento, carioca por convicção, paixão e serviços prestados, participava do movimento. Ele aproveitou o momento e apresentou ao mundo o livro “Anos 40 – Quando o mundo, enfim, descobriu o Brasil”. Convidado, eu compareci ao lançamento do livro na Livraria Argumento, na Rua Dias Ferreira, no Leblon.
Muita gente compareceu. Comprei o livro, recebi a dedicatória e imaginei que o deixaria no canto da estante por algum longo tempo, pois a minha expectativa era de ser um livro dedicado aos salamaleques da elite carioca. Saí da livraria, peguei um UBER e comecei a folhear a obra. Não a abandonei mais até ler inclusive a bibliografia, página final. Eu sou um apaixonado pela política e ela está presente no livro do Ricardo Amaral, que navegou pela política nacional com detalhes e de modo quase singular. Comenta sobre Getúlio, cita UDN, cita Chateaubriand, cita Wainer, o Brigadeiro Eduardo Gomes, Ademar de Barros. Fala sobre a guerra e neste momento comenta um filme nacional, “for all”, que foi estrelado em razão da presença dos americanos no Rio Grande do Norte e Ceará, com o objetivo de chegarem mais fácil na África e na Europa.
O filme é uma obra de arte. Ricardo Amaral trata-o sob o título “Tem gringo no forró”. Está no Youtube, onde fui para assistir e rever José Wilker e Bete Farias, além de um fantástico elenco.
Portanto no livro há cinema, há teatro, há história e muita política, A marca Rio, defendida aqui neste espaço, é a coluna vertebral do livro. O índice apresenta os capítulos com charme: Vão da “Arte de pegar o bonde andando ao “Chatô apresenta suas armas, passando pela “ A guerra da política e a política da guerra” e pelo “No reinado do momo”.
Fica aqui o convite para que você leia.