Na tela do meu celular, hoje cedo, apareceu a fotografia de uma imensa biblioteca, Está postada no facebook, no espaço da comunidade “Belas Fotos do Rio de Janeiro”. A foto foi colocada lá por Ina Sousa, intitulada “Super Colaboradora”. A biblioteca pertence ao Real Gabinete Português de Literatura, localizado na Rua Luís de Camões, no Centro do Rio de Janeiro.
Cumprindo passos que só a internet permite, fui à página do Real Gabinete e lá descobri que ele, de ontem, domingo, dia 14, até dia 19, sexta-feira, uma série de eventos para comemorar os 50 anos da Revolução dos Cravos, que no dia 25 de abril de 1974, livrou o povo português de uma cruel ditadura e obrigou o Primeiro-Ministro Marcelo Caetano a renunciar. É uma passagem belíssima da História de Portugal, que o Amor pelo Rio deixa a seu critério conhecer em detalhes. A internet tem todas as informações e, em especial, a página do Real Gabinete Português e da Biblioteca oferece as informações e dados do mais magnífico momento da vida dos portugueses.
É algo bom para lembrar, já que o povo brasileiro anda cheio de dúvidas sobre o que é ou o que não é uma democracia.
O Real Gabinete Português de Leitura possui a maior e mais valiosa biblioteca de obras de autores portugueses fora de Portugal, com um acervo, inteiramente informatizado, da ordem de 350.000 volumes.
A biblioteca recebe de Portugal, pelo estatuto do “depósito legal”, um exemplar das obras publicadas no país. Além de Macau, agora sob a soberania da República Popular da China, e que até há pouco tempo também era beneficiada com o “depósito legal”, o Real Gabinete é a única instituição, fora do território português, que mantém este privilégio.
Alguns espécimes de obras raras ou manuscritos podem ser consultados por investigadores e especialistas, desde que com autorização especial. Já a consulta ao acervo geral é franqueada aos leitores no salão da biblioteca, com o auxílio das bibliotecárias, enquanto os sócios do Real Gabinete, desde que estejam em dia com a contribuição mensal, podem levar até 3 livros – desde que de edições posteriores a 1950 – como empréstimo a domicílio, pelo prazo máximo de 15 dias.
OBRAS RARAS
Entre as obras mais raras da biblioteca podemos citar a edição “prínceps” de ” Os Lusíadas”, de 1572, que pertenceu à “Companhia de Jesus”; as “Ordenações de Dom Manuel” por Jacob Cromberger, editadas em 1521; os “Capitolos de Cortes e Leys que sobre alguns delles fizeram”, editados em 1539; “A verdadeira informaçam das terras do Preste Joam, segundo vio e escreveo ho padre Francisco Alvarez”, de 1540.
Possui ainda manuscritos autógrafos do “Amor de Perdição”, de Camilo Castelo Branco e o “Dicionário da Língua Tupy, de Gonçalves Dias, além de centenas de cartas de escritores.
Edição “prínceps”, que pertenceu à Companhia de Jesus
“Ordenações de Dom Manuel”, 1521
Manuscrito, de Gonçalves Dias
Manuscrito, de Camilo Castelo Branco