Meu candidato ideal

Por Marcelo C. P. Diniz

Certa vez ouvi lá no Sebrae: toda pequena empresa sonha em ser grande na vida. Penso que há uma correlação na política: muitos vereadores e candidatos gostariam de ser presidentes da república. Sonhos para modificar um país.

Só que a função é muito mais complexa do que podemos imaginar. Por enquanto, basta pensar naquilo que é mais importante e nas formas mais simples de realizar.

Em primeiro lugar, não existe humanidade integral sem educação. A falta de educação é o alimento das desigualdades. A visão e as ações do presidente educador não podem se limitar a um mandato, nem se vincular aos possíveis trunfos para uma reeleição. Educação de qualidade é integrada entre os níveis, riqueza da nossa existência, da creche à chamada “terceira idade”, da escola às profissões.

Ministério de igual importância é do Meio Ambiente. Deveria se chamar Ministério da Vida. Proteger a natureza é proteger o ser humano. E que a sua política seja transversal a todo o governo. Saneamento básico, por exemplo, é essencial à saúde de todos nós. Muitos anos de vida serão conquistados com um ambiente livre de coisas tóxicas.

É forçoso ter um bom relacionamento com o Congresso, tarefa difícil para quem for virtuoso, mas não de todo impossível. O nosso presidente deverá ser um daqueles sujeitos que irradiam dignidade, os ímpios não terão coragem de lhe fazer propostas indecorosas. Para que ele mantenha essa postura, especialistas em comunicação, pensando além dos quatro anos, serão essenciais na sua assessoria. Também para que ele consiga aprovar as reformas necessárias à gestão pública.

Será vital obter o comprometimento da iniciativa privada, bem como atrair os investimentos internacionais. Quem não quer um mercado mais forte? Eliminar a pobreza representa lucros para todo mundo. Não pode haver distanciamento do presidente com toda a sociedade, não importa a ideologia.

A saúde merece um arranjo. Dinheiro tem. Ciência, logística, efetiva integração com estados e municípios. Quem será o gestor capaz de organizar essa encrenca? Com a palavra o Presidente.

O governo não será só isso, é lógico. Hoje em dia são mais de 20 ministérios, talvez sejam demais. Porém, mesmo que eles sejam reduzidos, as áreas que eles atendem ou deveriam atender vão permanecer.

Como uma das prioridades, faltou falar em segurança pública. Uma parte das causas da criminalidade serão resolvidas com a redução da pobreza e a valorização da educação. Mas isso não basta para combater nem a corrupção que está entranhada no tecido social, nem o chamado “crime organizado”. Acho que é um trabalho incessante, mas gostaria de ver a inteligência substituindo progressivamente os fuzis.

A inteligência é a base de tudo e só um presidente não basta. Para atender todas as necessidades do país, é preciso muita articulação política e uma assessoria completa, formada por cidadãos de notável saber em suas especialidades, profissionais engajados naquilo que deverá ser feito de melhor para o Brasil.

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